Os COMTURs são ou pelo menos deveriam ser os principais instrumentos de desenvolvimento de política de turismo nos municípios de longo prazo. Isto porque não há estratégia e não há mercado se este pensamento não for inserido no cerne da própria gestão deste tipo de entidade.
A conta é simples. De um lado tem-se o poder público com pouquíssimos recursos alocados na pasta de turismo. Desta forma, o próprio executivo da mesma pouco participa do governo (por gerenciar poucos recursos e acredite, isso conta e muito dentro da estrutura de uma Prefeitura). Por outro, a própria atividade turística depende na sua parte operacional, exclusivamente de empresas turísticas: hotéis, pousadas, bares, restaurantes, guias, vans…etc. São elas que recebem, tratam e são as principais responsáveis pela percepção do turista de que o destino é bom ou ruim. Atributos naturais são vitais sim. Mas turismo ainda é feito de e por pessoas.
Logo, como o apoio governamental, quem melhor para decidir sobre os rumos estratégicos da Política de Turismo de sua cidade do que os próprios empresários com suas respectivas entidades como associações e sindicatos? O pensamento é de longo prazo.
Os COMTURs devem ser úteis como fóruns de discussão estratégica-operacional liderada pela iniciativa privada local, onde as entidades e o próprio poder público podem utilizar-se de sua estrutura para cumprir melhor o seu papel político de articulação. Se a SECTUR não tem dinheiro, tem prestígio. Trata-se de uma relação ganha-ganha onde cada um da relação tripartiste cumpre seu papel.
O COMTUR da sua cidade propicia que este ambiente seja desenvolvido?