Há dois extremos e um fato em comum, se analisarmos o quadro de entidades que temos hoje. De duas uma, ou ela tem muito recurso, ou está a míngua (mesmo). Em outras palavras, ou ela representa um passaporte para bons e portanto, interessantes negócios, ou o que resta é paternalismo. No primeiro grupo, não “precisa fazer muita conta”, para entender, não é mesmo? Mas, no segundo, explico-me. Muitos presidentes e até mesmo fundadores, em função do esforço de criação e dedicação, passam as vezes a perceber a entidade como seu filha (o). E mesmo que ela só dê despesa, eles não se importam. Seguirão acalorando-a em baixo da sua asa, mesmo sabendo que no fundo não estão deixando-a voar.
Trata-se de uma vaidade que se camufla nesta paternidade, como também naquele argumento de que “se eu deixar, a entidade morre”. Nestes casos, sinceramente, sinto muito em informar, mas ela já morreu e faz tempo. As pessoas não se envolvem quando elas percebem que estão falando com “Deus”. Muitos dirigentes se posicionam desta maneira como donos da verdade, ou seja “Deus”. E ninguém vai discutir com “Deus” o que tem que ser feito, não é mesmo? Pois é…
Então, vamos ao que interessa. Como a maioria das entidades pertence ao segundo grupo, ou seja está quebrada o “não larga o osso” tem na verdade um sentimento de medo. Algo como um tipo de pânico, de que todo o seu esforço e dedicação sejam esquecidos, por aqueles que virão a assumir caso ele saia. Medo também de que suas próprias deficiências de gestão ou de estratégias venham à tona pela possível e inevitável abertura das “caixas pretas” da entidade. Esta exposição é uma verdadeira declaração de guerra. E ao invés de erguer a espada, ele morde o osso…
Portanto, saber lidar com ela é a chave (A vaidade, e não o osso.!). Mostre através de atitudes, que não vai precisar ir para a guerra, e que todo esse medo ou pânico anterior não irá acontecer. Aliás, ele precisa se sentir seguro disso. E aqui vão 3 dicas:
- RESPEITO AO PASSADO: Mostre que o que foi feito, era o que “tinha para hoje” naquele tempo. Peça sempre a opinião dele. Afinal de contas, o que ele tem é experiência. Use ela. Lembre-se que ele pode conhecer as pessoas a mais tempo que você. Feito isso…
- ESTRATÉGIA DE GRUPO. Usando do Estatuto e Regimento, proponha um estudo a diretoria. Combine isso com ela. Pode ser um SWOT simples. Abra a discussão, mostrando a real. Sempre em grupo, sempre em assembleias, nunca pelo whatsapp e sempre com registro em ata. Use a diretoria para criar um novo plano de negócios para a entidade, prevendo um processo de transição que tenha data para começar. Aliás, o ano está acabando…Aproveite!.
E por último, mas não menos importante…
- NÃO EXCLUA. INCLUA. Nunca deixe-o de convidar para participar dos processos de mudança, mesmo após a sua saída. Lembre-se do ponto 1 acima. Não imponha nada, sem que seja for uma ação que esteja respaldada pelo Estatuto ou Regimento.
Bem. Se nada disso funcionar e se ele ainda insistir, é porque a entidade deve ser a cara dele. Isso significa dizer, que a pergunta é: O que você está fazendo lá, mesmo?
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Abraço e obrigado pela confiança.
Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Meu trabalho é auxiliar Governos na busca por processos cooperativos que resultem numa melhor articulação entre ele, Terceiro Setor e o Empresariado. O resultado e o que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.
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