TEXTO 142 – E passaram-se 10 ANOS, O QUE MUDOU…E 2020, ESTÁ AÍ. SÉRIE POLÍTICA DE TURISMO, por Eduardo Mielke

De 2009 para cá, no que se refere a Política de Turismo, tivemos uma década perdida. Os números não mentem, e seguimos ainda perdendo tempo em discussões meramente simbólicas, que de nada ajuda os resultados. Parece não, de fato, não estamos olhando para frente, pois também ninguém está olhando para trás… Complexo? Não!! O texto de hoje é do tipo choque-pentavolts-elétrico.

Ah! Mas, antes de mais nada, se esta é a sua primeira vez, seja bem vindo ao Blog Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar gestores públicos e técnicos para colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto.

10 anos é o tempo em que sai da minha Cidade Curitiba. De lá para cá foram seis Cidades em três países, dois livros (indo para o terceiro), inúmeros artigos para jornais e revistas, dezenas de projetos em nove UF’s e quatro países, e mais de uma centena de Municípios atendidos pelo Blog. E fechamos o ano de 2019 com quase 35 mil acessos. O que é um número do qual me orgulho muito, dado a especificidade do tema que semanalmente abordo. E aqui deixo meu sincero obrigado a todos!!

Mesmo com a revolucionária entrada das Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC, pouco se tira proveito delas. Ainda é distante a forma com que a maioria dos Municípios (e empresários) poderiam e deveriam utilizá-las. Também não é para menos, né? Com olhos contaminados com uma catarata, cujo efeito impressiona, o Governo Federal segue com Política de Turismo do tipo tendência cognitiva. Acredita piamente, por exemplo, que em algum dia conseguiu descentralizar alguma das suas políticas.

E numa situação mais nebulosa ainda, temos os Governos Estaduais que tateiam, numa pescaria-sem-anzol, com o mesmo afinco, que seguem o sem rumo Programa Nacional de Regionalização. Tudo numa nuvem nebulosa, a margem da peregrinação-modus operandi das Emendas Parlamentares.

Se de um lado o mais-do-mesmo tem sido a regra, processos que poderiam trazer muita luz e dinheiro novo são deixados de lado. Só para citar um exemplo, tem-se o uso das boas práticas da Economia Criativa. Tão usada e abusada pelos Destinos Turísticos consolidados, como ferramenta de promoção turística, seu discurso aqui, como Política de Estado, não vai além do segundo após última saliva expelida. Além disso, há muito para ser utilizado com as plataformas de gestão de destinos inteligentes, internet das coisas, etc. Mas, não há como operacionalizar isso tudo (na velocidade necessária) em um ambiente institucional e político que de smart, só tem stupid!

O que espero mesmo ver a partir de 2020, é uma real e cabal atenção aos Municípios. É ensandecido trabalhar com qualquer política de resultado,  que deixa de lado onde tudo realmente acontece. O MTUR urge de uma mudança de olhar às Cidades que estão fazendo um trabalho excelente, e tantas outras que tem muito potencial de ter o Turismo como gerador de emprego e renda. Quero ver o desenvolvimento do Turismo através da criação de melhores condições para o EFEITO PIPOCA (Um dia explico melhor isso), onde a política nacional de turismo vem a reboque daquilo que os Municípios fazem, e não ao contrário. Pense nisso.

Nestes 10 anos a única coisa que também mudou, foi o sentido da minha vida. Obrigado a minha esposa Denise Mielke, por estes 10 anos de casamento que foram onde eu me achei. Ah! Aproveito para desejar a você a a todos, Boas Festas. O blog entra de férias e volta em Janeiro, dia 22. Obrigado pela confiança.

Dúvidas, esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo

Obrigado pela confiança.

Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho  é ajudar você que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são para auxiliar/orientar também, aqueles Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.

Palestras, Workshops e treinamentos? Escreva para emielke@kau.edu.sa

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