TEXTO 154 – A LUZ DO QUE HÁ DE MAIS MODERNO, O QUE NÃO PODE FALTAR EM UM BOM PROGRAMA DE TURISMO? Série Política de Turismo, por Eduardo Mielke

Municípios são mais ou menos competitivos, se a gestão pública consegue impor uma agenda, onde o ambiente de negócios encontra facilidade em se desenvolver e ser percebido. E isso começa com as eleições municipais, onde candidatos podem dar a letra, se vão de fato fazer a diferença. Se por outro lado, propostas ruins levam a nomeações e ações desastrosas, por outro, o mercado não perdoa. Cidades sujas, feias e sem graça espantam o consumidor. E em tempos de C19, não dá para errar. O texto de hoje traz dicas e orientações do que seria um programa de governo moderno e alinhado com o que já não é mais tendência no mercado turístico.

Ah! Mas, antes de mais nada, se esta é a sua primeira vez, seja bem vindo ao Blog Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar gestores públicos e técnicos para colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto.

Eu sei que em muitas vezes, para não falar quase sempre, falar de Turismo para candidatos e políticos é tão desafiador quanto explicar à Anitta o funcionamento do estado brasileiro. Porém, o tempo urge e precisamos colocar tecnicamente uma agenda baseada no que dá certo, e não naquilo que já sabemos que não faz o mercado acontecer.

Primeiro destaco algumas arapucas que você precisa literalmente dispensar na hora de pensar em um plano de governo que realmente faça a diferença. Se livre daquelas ideias que todo político gosta, e tem de criar roteiros ou rotas. O mercado já está cheio destes produtos que nasceram da cabeça lunática de alguns, mas que tecnicamente não tem consistência mercadológica. Também não embarque naquela máxima trilogia do terror que turismo tem potencial, mas não é explorado porque falta divulgação.. blábláblá. Por mais que promoção turística seja música para os ouvidos dos empresários em geral, o papel do poder público é bem outro…

Então vamos ao que importa e chegue chegando com bala na agulha. E aqui apresento a sua munição. Basicamente ela está baseada em dois Eixos:
Externo – Captação de Recursos e Investimentos (CRI); Interno – Gestão Participativa através do SIMTUR e Mercado (GPSIM).

No eixo externo do seu programa de turismo, são dois focos. O primeiro é a captação de recursos para projetos estruturais e estruturantes via celebraçao de convênios federais. Porém, se você não entende de SICONV, então está na hora de fazer sua tarefa de casa. E o segundo, apresente um mapa de quais e como os atrativos da sua cidade, que estão sob domínio público, passarão a contar com investimento privado através dos vários modelos de PPP. Toda cidade precisa de investimentos e espaços novos e criação de novos empreedimentos privados.

E o eixo interno dividi-se também em duas linhas. A primeira trata-se do olhar sob a gestão das políticas de turismo municipais. Adicione ao seu programa, que o COMTUR passará a ser o grande centro nervoso do processo decisório acerca de tudo que se refere a turismo e eventos. Hoje é a gestão participativa e inclusiva que faz a diferença. Ter um conselho forte é essencial. E a segunda, é fundamental que o seu plano de turismo olhe para os bairros, e não mais a cidade como um todo. Aqui o objetivo é entender as potencialidades de cada um, a fim de possibilitar um tratamento mais inteligente e específico. Este zoneamento é vital para o planejamento urbano (investimento do eixo externo) e das ações de entretenimento, etc.

Ainda no âmbito interno, adicione aqui um programa intenso e robusto de capacitação de no mínimo 24 meses, feitos em várias etapas através de parcerias com diversas entidades do 3o setor. Direcionado aos empreários turísticos, devem abordar os seguintes conteúdos: Gestão de Mídias Sociais, Economia Criativa para Serviços Turísticos e Mkt de Conteúdo. Empresários mais bem formados e informados, logram melhores resultados, que na ponta, resultam em soluções mais criativas e no ganho coletivo da cidade como um todo.

Se foi convidado a particpar de um grupo político e quer apresentar algo de fundamento e que faça sentido, lembre-se de três princípios básicos:

1. Turismo é no município > e não na região. Regiões só são fortes quando contam com municípios fortes e não ao contrário.

2. Cooperar para competir > não governe sozinho. Por favor, já estamos em 2020.

3. 99% das empresas são micro e pequenas > precisam de orientação para exercer sua criatividade. Pense que é através do sucesso delas que está o seu e do seu candidato.

Pense nisso e boa sorte!! Para mais detalhes, dúvidas ou esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo ou escreva para emielke@kau.edu.sa

Obrigado pela confiança.

Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho  é ajudar você que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são para auxiliar/orientar também, aqueles Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.

Palestras, Workshops e treinamentos? Escreva para emielke@kau.edu.sa

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