0,62%** é o quanto em média, as Secretarias de Turismo (Secturs) contam anualmente para cuidar do Turismo na sua Cidade. Isso mesmo…Este número é o resultado de quando o Estado tenta fazer aquilo que não sabe.
Sua infinita vaidade em seguir governando sozinho, tem sido a política pública de turismo. Sem limites, e mesmo sem um tostão, ainda consegue excluir o envolvimento e engajamento, daqueles que mais importam e se importam com o Turismo na sua Cidade. É um modus operanti que busca sempre um lastro no próprio Estado, mesmo que este simplesmente não exista. Qual é o sentido disso mesmo?
Alinhando para que você leitor entenda o que nós entendemos como Organizações de Gestão de Destino – DMO (Destination Marketing Organization)…
Os DMOs são as entidades cuja função é organizar e promover o Destino. Onde elas funcionam fora do país, são entidades, via de regra, Públicas onde a presença da iniciativa privada é forte, concentrando as energias no que realmente interessa: ajudar a decidir sobre aplicação dos recursos para o Setor. Há um entendimento do papel e importância do empresariado e das respectivas entidades, dentro deste processo.
Então, se o COMTUR é a grande ARENA DE ACORDOS, são os C&VB os grandes motores de qualquer processo sério de Desenvolvimento Turístico. Esta é a base do Sistema Municipal de Turismo – SIMTUR que defendemos. O retorno da percepção dos Municípios, que se deu na categorização do MTUR, foi um baita acerto. Mas, não ainda está muito longe de ser suficiente. Uma mudança urge e isso não é uma reflexão!!! É uma necessidade…
Os C&VB são as entidades que mais agregam a diversidade da cadeia de valor do Turismo. Todos os empresários são locais e tem um só objetivo: crescer e fazer que o Turismo da sua Cidade cresça, gerando empregos e renda. Precisa mais do que isso? São os maiores conhecedores do mercado e de suas necessidades, pois respiram isso todos os dias. Pensam no longo prazo, mesmo porque ninguém abre um Hotel ou Restaurante para fechar depois que a eleição acaba, não é mesmo?
Desta forma, já passou da hora de vermos uma Política Pública Federal de fundamento. Ou o MTUR começa a trabalhar de uma vez por todas rumo a inserção dos C&VB como os verdadeiros DMOs, ou iremos seguir vendo o show de horrores que é o tripé-bolso-furado: FOLDERZINHO+PROJETO DE LEIZINHA+ROTEIRINHO...tudo “inho” bem politicazinha de prateleira de baixo. Com raras, raríssimas, pontuais e periódicas exceções em ambos casos, chega de ver Secretário atrás de Secretário repetindo e seguindo esta mesma cartilha-halloween.
Então MTUR, seguiremos assim?
Dúvidas, esclarecimentos… Escreva e curta o Blog Gestão & Política de Turismo no Município. Há se gostou, curta a página no Facebook!! Indique a leitura…
Abraços, Mielke, Dr
** Mapa da Política de Turismo em Municípios onde há C&VB. Estudo realizado pelo Blog Gestão& Política de Turismo no Município em parceria com o Brasil C&VB, a ser publicado.
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2 comentários em “Texto 68 – EM TEMPOS DE FALTA DE TUDO, AGORA É A HORA DOS C&VB. LEGÍTIMOS E VERDADEIROS DMOs. Série SIMTUR, por Eduardo Mielke.”
Realmente, Dr. Mielke se falta isso no setor privado, na empresas, fica triste a situacao da iniciativa publica. Em mares desconhecidos nao se deve navegar. A lei da oferta e demanda nao fecha a conta. Enfim, dois proverbios rapidos. Abs e continuo te acompanhando!
Olá Rodrigo, primeiramente obrigado pela confiança. Está mais do que não hora de levantar esta bandeira. abr