Sabe aquela associação de turismo da Cidade que não tem recurso para cumprir com seus objetivos? Onde a evasão dos seus membros é inevitável, assim como a inadimplência…. E não conseguindo fazer nada, fica a míngua para se manter? Muito recorrente, o sujeito embarca numa empreitada, vai e não encontra aquilo que disseram que iria achar. Isto é o que chamo de Entidade Iraque. Conhece alguma?
É muito comum entidades que são criadas a reboque do binômio marasmo-ausência das ações do Poder Público municipal. Surgem estimuladas pela possibilidade de solução ao crescimento e desenvolvimento do turismo no município. Com exceção do COMTUR, criar uma entidade, até para substituir outra, definitivamente, não funciona. Pelo contrário… Mais uma sopa-de-letras surge, porém sem observar alguns passos prévios.
Antes de embarcar em um projeto de criação de uma associação de turismo, propriamente dito, é vital perceber se algumas atitudes informais já são recorrentes entre as pessoas e empresas envolvidas. Ações de forma conjunta, como promoções cooperadas, campanhas coordenadas nas mídias, compras coletivas ou indicação de clientes entre si, são exemplos de ações que já podem lhe dar indícios de que a criação de uma associação poderia ser um instrumento catalizador deste grupo. Em outras palavras, se a cooperação é algo natural, a institucionalização em uma Associação irá coroar tais processos, e não o contrário. Como qualquer relacionamento, só se oficializa se há ambiente para tal.
É a base do princípio do “Cooperar para Competir”. Não há como criar uma pessoa jurídica, sem antes existir um mínimo de histórico de cooperação entre as pessoas físicas. Se não há, comece justamente por ele e não pela entidade!!! Sem exemplos como aqueles citados, as pessoas assinam sem muito saber o que virá pela frente. Embarcam para o Iraque na esperança de encontrar um resultado que depende de algo que ela mesma nunca fez. É claro que não vai da certo! Não se aprende a cooperar do dia para noite, assim como que não se cria entidade da noite para o dia. Pense nisso.
Dúvidas, esclarecimentos? Pergunte.
Abr. Mielke
2 comentários em “Texto 30 – A SÍNDROME DA ENTIDADE IRAQUE. SAIBA COMO EVITAR. Série Gestão de Associações de Turismo, por Eduardo Mielke”
Olá Mielke. Trabalho numa associação comercial e turística, em um destino turístico da Bahia e venho acompanhando suas matérias desde julho deste ano… parabéns pela competência e clareza na escrita, você sempre traz textos que veem me ajudando bastante nessa batalha diária! Obrigada! Abrs
Olá Ana, Tudo bem?
Fico muito feliz. Este espaço é mesmo para que você se capacite e questione em caso de dúvidas, ..de como proceder com alguma situação mais complicada…ou de mercado! Estou a disposição!
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