De acordo com dados oficiais da OMT (Organização Mundial do Turismo) até 2020, mais de 230 milhões de chineses irão viajar pelo mundo. E como muita “bala” na carteira, é um baita negócio, não é mesmo? Pois é, nem tanto…Mês passado participei de uma reunião com vários consultores aqui na Arábia e o assunto foi o mesmo.
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Vamos lá! Veja. É inegável o poder de compra percebido dos chineses. Porém, tem o lado B da história. Chineses voam com uma companhia chinesa, ficam em hotéis que pertencem a chineses, comem somente em restaurantes chineses, a viagem é organizada por uma Operadora chinesa, com guias chineses. E para finalizar, compram suveniers em loja de chineses cujo produto vem da China. Deu para entender o tamanho do problema??
Todo Governo adora estatística, mas o que está acontecendo é um excessivo movimento em direção a este mercado em particular, cujo perfil não tem trazido consistência ou processo de desenvolvimento turístico. Este cenário de exclusão meio que doméstica, concentrando os serviços nas mãos de chineses literalmente, tem feito muitos gestores pensar se este modelo é interessante. Aquele toque local, que é o que faz toda a diferença…está deixando de existir… E o que é pior, está deixando de ser considerado…
Agora, como não dá mais para negar este imenso grupo de con$umidore$, o desafio está sendo lidar com este perfil psico-talibã-cêntrico que tanto aporta recursos, mas que ao mesmo tempo tem só deixado gorjetas para o país receptor. O desafio é fazer com que este turista interaja mais, experimente mais…. despertando a curiosidade para as peculiaridades …pelo local. Lucro pode custar muito caro.
Em suma. É preciso atenção. Pois, em nome talvez de um crescimento das estatísticas, estas coisas vão totalmente ao contrário do que se espera de um turismo moderno, responsável, sustentável e que esteja de fato preocupado com os benefícios reais da atividade. Aqui vai o recado. Pense nisso.
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Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Meu trabalho é auxiliar Governos na busca por processos cooperativos que resultem numa melhor articulação entre ele, Terceiro Setor e o Empresariado. O resultado e o que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.
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