TEXTO 120 – PARA QUE DEVERIAM SERVIR AS INSTÂNCIAS DE GOVERNANÇA? Série Política de Turismo, por Eduardo Mielke

Passados mais de 15 anos, desde a criação das Instâncias de Governança (IG), muito me preocupa o que vejo por aí. Por todo o Brasil, os relatos que recebo no Blog me fazem lembrar um “colcha de retalhos dentro de um balaio de gatos“. Também não é para menos. Na ausência de uma Política de Turismo mais assertiva, o fato é que em nome da diversidade brasileira, os resultados mensuráveis são poucos. Percebe-se muita desarticulação em meio a inúmeras tentativas de articulação com um calendário eleitoral ingrato, e que não ajuda.

Este texto objetiva trazer uma luz, aproveitando o que temos de mais importante dentro dos contexto das IG: Um grupo de pessoas super dedicadas e extremamente preocupadas com o desenvolvimento do Turismo doméstico no Brasil. Então vamos lá…

Ah! Antes de mais nada, se esta é a sua primeira vez, seja bem vindo ao Blog de Capacitação Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar orientando gestores públicos e técnicos a colocar sua Cidade no Mapa do Turismo nacional. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto!

Ainda que muitas IGs acabam fazendo papel de mercado, como por exemplo organizando e gerindo Rotas Turísticas, elas se tornaram hoje, quase que um farol-do-saber para uma imensidão de Secretários de Turismo Municipais que se sentem totalmente perdidos. Apesar disto ser aparentemente uma coisa boa, por outro mostra a fragilidade das políticas de turismo nacionais. É uma questão de fluxo. As IGs foram desenhadas para olhar para cima, não para baixo. Elas não foram preparadas para lidar com as questões municipais, que é onde o turismo realmente acontece.

Para o Blog de Capacitação Gestão & Política de Turismo para o Município a grande e mais relevante função das IGs é simples: A de articulação política dentro de uma AGENDA LEGISLATIVA. Trocando em miúdos: É aproveitar a força regional para se aproximar de parlamentares que possam abrir caminho à obtenção de recursos aos Municípios participantes, por exemplo, via Emenda Parlamentar de remanejamento. Ponto final. IG que não articula com o Deputado Federal, Estadual e até mesmo como Senador da sua Região, está perdendo uma chance absurda de transformar aquela articulação em algo real. Desde a restauração de monumentos e praças, melhoria de acessos, até a sinalização turística e inúmeras outras coisas…Faça a lista…

Trate o calendário eleitoral como seu amigo. Jogue o jogo. Use as eleições e toda a estrutura pública que ronda entorno delas, em benefício para os Municípios da sua  Região. O legislativo inteiro, cuja caneta é bem mais rápida que a do seu Prefeito, vai gostar bastante. Vai por mim. Esta é a melhor forma das IGs ganharem notoriedade e prestígio…O resto é reunião para tomar cafezinho.

Neste sentido, outra possibilidade de otimizar esta Agenda Legislativa, é através da mobilização para transformar a IG (ou fazer parte de) em um Consórcio Intermunicipal. É um modelo muito interessante que certamente ajudará muito valor naquele processo de captação de recursos. Inclusive está opção foi sugestão do próprio MTUR já em 2005. O estudo desta alternativa é extremamente viável e fundamental. Leve tudo isso para a p’roxima região. Discuta com  seus pares. Você só tem a ganhar! Pense nisso.

Dúvidas, esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo

Obrigado pela confiança.

Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Meu trabalho é auxiliar Governos na busca por  processos cooperativos que resultem numa melhor articulação entre ele, Terceiro Setor e o Empresariado. O resultado e o que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.

Palestras, Workshops e treinamentos? Escreva para emielke@kau.edu.sa

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