Quantas vezes você já ouviu alguém pedir “quero ir onde não há turista”! Investir nos bairros é muito mais do que uma simples estratégia para desenvolver o Turismo no seu Município. HOJE É A ESTRATÉGIA. Circuitos alternativos em grandes Destinos Turísticos, nada mais são do que bairros que passaram a se tornar excelentes atrativos. Basta ver o que o TripAdvisor ou Airbnb sugerem aos seus clientes. Em dois textos, você vai entender o que é isso e também vai saber o que fazer para tornar isso uma realidade.
Ah! Antes de mais nada, se esta é a sua primeira vez, seja bem vindo ao Blog de Capacitação Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar, orientando gestores públicos e técnicos a colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto!
Os bairros representam a possibilidade real de atender a uma demanda que mais cresce. É lá que temos a cidade como ela é, sem maquiagem e com sua diversidade. São ambientes rodeados de elementos, pessoas, tradições, arquitetura, sorrisos e simpatia com alguém que não é dali. O nome disso é ACOLHIMENTO. E aí que está a chave de tudo!!!
Acolhimento é interpretado pelo turista como sinônimo de importância, ou valor da presença dele ali. É uma forma de trazer individualidade ou exclusividade, dentro de algo que não é desenhado para isso, que é um Destino Turístico por essência. É a forma de dizer a ele “que legal que você está interessado pelo o que a gente tem”, mas sem dizer uma só palavra.
E o turista de hoje quer se sentir um não-turista. E é exatamente isso!! É nesta pseudo-incoerência é que o processo de valorização e da estratégia de desenvolvimento turístico se molda. Além disso, ele quer interagir ao mesmo tempo que prefere ficar na dele, sem ninguém o importunando. O que é impossível em lugares tradicionais. Ele não quer mais escolher o produto, mas sim receber sugestões de quem realmente o conhece. Fazer os coisas com calma, no ritmo dele e do local.
E quais são as vantagens de tudo isso? Esta satisfação é retribuída com mídias expontâneas. É a partir de um ambiente de acolhimento que bons comentários e fotos maravilhosas, que mais se parecem com verdadeiros convites, são postados. Em outras palavras, pessoas vendendo o seu destino sem custo, de graça. Simples assim.
Além disso, o Turismo nos bairros possibilita que o gasto tenha mais capilaridade, sendo melhor distribuído no território. Faz com que o dinheiro não se concentre somente naqueles locais tradicionais, onde a pressão dos preços irá certamente fazer seu estrago, afetando a todos. Locais e não locais. Propicia que micro e pequenos negócios sejam beneficiadas diretamente (sem atravessadores), valorizando os produtos genuinamente locais e gerando empregos também locais. E saiba este processo é muito mais importante que você pensa.
Se você é Secretário de Turismo e me lê, trabalhar com os bairros não é simples modinha. É um trabalho que propiciam aquilo que é o mais importante-vital-essencial para a população do bairro e da cidade como um todo: A sensação de PERTENCIMENTO. Ao mesmo tempo que mitiga e minimiza os impactos negativos do turismo em todos os níveis. Mas, explico com mais detalhes na semana que vem, PARTE II. Até lá.
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Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Meu trabalho é auxiliar Governos na busca por processos cooperativos que resultem numa melhor articulação entre ele, Terceiro Setor e o Empresariado. O resultado e o que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.
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