Como defensor da Gestão & Política de Turismo no Município, feita através dos Conselhos Municipais de Turismo (COMTUR), este texto-alerta objetiva abordar um assunto para o bem dos próprios conselhos. Antes de mais nada, é preciso entender o contexto, a origem e os riscos, antes de querer saber o que fazer com aqueles que estão passando da linha. Só assim, você irá conseguir colocar as coisas no lugar. ok? Então, vamos lá!
Ah! Antes de mais nada, se esta é a sua primeira vez, seja bem vindo ao Blog de Capacitação Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar, orientando gestores públicos e técnicos a colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto!
Conselhos passam da linha quando começam a tomar atitudes de empresa, como por exemplo elaborar roteiros turísticos, organizar e executar eventos, e participar de feiras de turismo. Discutir tais ações dentro do COMTUR, tendo ele como uma ARENA DE NEGÓCIOS é uma coisa. Já partir para as vias de fato é bem diferente. O papel do Conselho é muito claro: ser um grande articulador, percebendo as várias opiniões dentro de uma perspectiva de mercado turístico e de desenvolvimento econômico (trazer dinheiro novo) ao Município. PONTO FINAL. Este é o limite
Este comportamento super arriscado, surge quando há uma clara percepção da completa inércia e comodismo do Poder Público local (e não faço aqui referência somente a SECTUR, mas da Prefeitura como um todo). E na ânsia de querer ver “as coisas acontecendo de verdade”, o COMTUR passa ser uma excelente opção para que tudo seja feito através dele. E neste contexto, é natural o conselho colocar mesmo as mangas de fora….
Porém, veja. O sucesso de evento e/ou de um roteiro envolve “n” variáveis que o conselho sozinho não controla. Trazer tudo em cima dele é colocar uma descabida responsabilidade, que ele não deve carregar. Além disso, empurrar o conselho desta forma é ser no mínimo conivente com aquela inércia do poder público. Fica tudo muito fácil, quando se tem gente comprometida. Contudo, não se engane. O risco do insucesso, que é inerente a qualquer tipo de empreitada, irá despertar aquilo que é justamente o mais perigoso: A percepção de que o conselho não é tão bom quanto se pensava. Desconfiança e a quebra das expectativas ganham força. Faz com que os “últimos Moicanos”, desistam e passem a não mais acreditar na força de um colegiado. E esse caminho, as vezes não tem volta. Então não vacile!!
Se você é Presidente do COMTUR, me lê e está percebendo isso, não perca tempo. Converse amanhã com o Secretário e com os membros do COMTUR chamando a atenção à estes limites e para a discussão do real papel de cada um. É preciso entender que o COMTUR, SECTUR e Associação de Turismo/C&VB/Núcleo de Empresários Assoc. Comercial, tem funções complementares, e não acumulativas por uma confortável conivência. Dentro do SIMTUR isto é muito transparente. Aqui no Blog há vários textos sobre o assunto. Veja. Apesar de ser o objetivo final, captar mais turistas e eventos, misturar é matar a galinha dos ovos de ouro. Pense nisso.
Dúvidas, esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo
Obrigado pela confiança.
Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho é ajudar você que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são para auxiliar/orientar também, aqueles Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.
Palestras, Workshops e treinamentos? Escreva para emielke@kau.edu.sa
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