Quando o PR Bolsonaro fala que quer fazer de Angra dos Reis uma Cancún, esta frase mostra de forma clara e em bom tom, como que a atividade turística é entendia, compreendida e levada a diante como política de Estado. De Marta Suplicy até o atual Gov, sinceramente muito pouco mudou quando o assunto o que fazer com o Turismo. E este processo que quero dividir com vocês. Então, vamos lá…
Ah! Antes de mais nada, se esta é a sua primeira vez, seja bem vindo ao Blog de Capacitação Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar, orientando gestores públicos e técnicos a colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto!
Sem entrar no mérito ambiental, e sob o ponto de vista essencialmente técnico-turístico, transformar Angra dos Reis em uma Cancún é um erro. É sem fundamento, sem cabimento e nos remete a processos antigos e ultrapassados de desenvolvimento turístico lá dos anos 70 e 80′. Bem aliás, como exatamente Cancún foi . Na verdade, o que ocorreu na Península de Yucatán, não foi um bom exemplo a se seguir. Era o que tinha para época. Ponto. Inclusive aqui no Blog, há uma série com 4 publicações (Textos 102 a 105) dedicados somente a este assunto.
Passados 40 anos, a nítida impressão que dá é que as coisas não mudam. O mundo cria novos Destinos e novas formas de gestão turística, mas na tentativa de convencer o PR de que o Brasil precisa diversificar a oferta, saindo do eixo Rio-Foz-Salvador, (o que é um acerto do Gov), buscaram respaldar tal ideia utilizando-se do pior exemplo possível. Por de trás de uma geração de emprego e renda para “inglês ver“, o processo de desenvolvimento de Cancún trouxe e trás danos irreparáveis e irreversíveis. Traz somente um legado bom: Hoje a gente sabe como não fazer com que um projeto turístico para Municípios seja um desastre. O PR não precisa saber disso, mas nós sim.
Daí a gente pensa: Como um Governo, que tem acesso a informação do mundo todo, que por sinal está disponível de forma gratuita, consegue fazer com que a figura principal de qualquer governo venha a público dizer que Angra será uma Cancún? Será que ninguém avisou isso a ele? Ou foi a forma mais fácil de vender a ideia? De fato, parece que qualquer um pode sentar na poltrona e falar de Turismo. Não precisa ser um Guedes na Economia ou muito menos um Tarcísio na Infraestrutura. Nada disso…manda lá “o que tem para hoje”, “relaxa e goza” que dará tudo certo.
E se você ainda não entendeu a dimensão do que este texto aborda, faça a si mesmo a seguinte pergunta. De Marta a Marcelo, porque será que não temos um Moro no Ministério do Turismo? Pense nisso.
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Obrigado pela confiança.
Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho é ajudar você que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são para auxiliar/orientar também, aqueles Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.
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2 comentários em “TEXTO 132 – MARTA SUPLICY, CANCÚN, ANGRA DOS REIS, BOLSONARO E ASSIM CAMINHAMOS. Série Política de Turismo, por Eduardo Mielke.”
Mais um texto assertivo por demais.
Obrigado Miguel. Forte abraço.