TEXTO 144 – A DESAGRADÁVEL FRAGILIDADE DOS PLANOS MUNICIPAIS DE TURISMO. SÉRIE SIMTUR, por Eduardo Mielke.

Umas das coisas que fazemos é pesquisa. Aqui no Blog publico depois de muita análise. Depois de passar os últimos meses analisando 82 Planos Municipais de Turismo (PMTs) feitos entre 2017 a 2019, em todo o Brasil, não é muito difícil entender os porquês que o Turismo nos Municípios não anda. O problema está no foco e é esse o assunto de hoje.

Ah! Mas, antes de mais nada, se esta é a sua primeira vez, seja bem vindo ao Blog Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar gestores públicos e técnicos para colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto.

Vamos ao ponto. PMTs de fundamento tem que trazer no mínimo duas coisas para começo de conversa. PRIMEIRO: Orçamento, ou melhor dizendo, quem pagará a conta das ações que constam no documento. É vital deixar claro principalmente, o que é responsabilidade do poder público, e o que não é. SEGUNDO. Intermediários – canais de distribuição – Operadoras/Agências/OTAs. Quem são e como irão se envolver na execução do PMT? Entenda. Como gerar fluxo turístico, se na elaboração dos PMT analisados há uma irritante ausência de intermediários? É algo como querer abrir uma concessionária de carros e chamar um açougueiro para vender. Não vai dar certo. Percebe o porquê que aquela Rota que está no plano não vende???

Turismo é negócio. Turismo é mercado. Turismo é um instrumento de valorização e venda do que um Município tem. Ponto. Um plano desenhado para dar resultados de verdade, traz foco em cima de números. E por de trás destes números é que se criam as estratégias, se analisam e se discutem com o COMTUR os riscos e possíveis impactos. E não ao contrário. Não há nada mais superficial que ler algo como “…o objetivo é apoiar a comercialização…”. Do que que você tá falando? E quando fala em promover o Município então, usando a palavra marketing para designar o que na verdade, significa promoção? Sem falar nos Jesus-me-chicoteia, jargões do tipo, “indústria do turismo”, “cadeia do produtiva do turismo”. Além de serem tecnicamente errados, escancara um universo de entusiastas…

Não é a toa que a SECTUR recebe menos que 0.6%. Não é a toa aquela falta de prestígio…tão comentada aqui em textos anteriores. Já passou da hora dos PMT fazerem parte de uma Política Nacional de Turismo que oriente o pessoal lá na ponta. Falta treinamento adequado para que os técnicas das SECTUR busquem as informações certas e os parceiros certos. Tem muita gente boa que desperdiça tempo em coisas, que não levam a nada. Fim da linha!!! Pense nisso.

Dúvidas, esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo

Obrigado pela confiança.

Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho  é ajudar você que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são para auxiliar/orientar também, aqueles Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.

Palestras, Workshops e treinamentos? Escreva para emielke@kau.edu.sa

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