Medo de perder o poder. Medo de ficar entre o Prefeito e os empresários. Medo de perder a mão. Medo de ter sua vontade não atendida. Medo da vaidade. Medo de engessar. Medo de compartilhar. Esses são alguns dos motivos pelos quais muitos secretários têm verdadeiro pânico do COMTUR. O texto desta semana objetiva esclarecer este cenário, dando aquelas orientações de sempre que você só encontra aqui.
Ah! Se esta é a sua primeira vez, seja bem-vindo ao Blog Gestão & Política de Turismo no Município. Nosso objetivo é ajudar gestores públicos e técnicos para colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se já acessou outros textos, obrigado mais uma vez pela confiança. Se gostou, compartilhe e curta. Toda semana tem um novo texto.
Então vamos lá…
Os medos são resultados diretos de uma combinação de vários fatores. E ao contrário do que muitos pensam, o cerne da questão deste pânico não está na falta de apoio do Prefeito, na falta de entendimento do turismo pelo gestor da pasta de turismo ou na falta de união do empresariado ou entidades da Cidade. Aliás, já passou da hora de ficar apontando o dedo para fora, empurrando a sugeira para debaixo do tapete.
Veja. A origem reside quase que única e exclusivamente dentro do próprio COMTUR, quando ele não conversa, deixando claro o que é papel do poder público, da iniciativa privada e do 3º setor. E vou mais além. A falta de critérios para estabelecer tais papéis acaba por deixar a coisa letalmente solta, sem limites e atropelada. Sem uma sólida base, a política de turismo municipal vira um balaio-de-gatos, onde todo mundo acaba sabendo um pouco de quase nada.
E na ponta, o turismo …patina… Mas, não é para menos, não é?
E é nesta bagunça que se encontra a insegurança técnica, política, tático-operacional dos conselhos. É nesta bagunça que o Secretário não se sente nem um pouco confiante sobre o que ele deve fazer de fato, e o que ele deve deixar na mão da iniciativa privada e ou 3º setor. Aliás, ele não sabe nem se deixa qualquer coisa sem o seu total controle. É nesta bagunça que nunca será possível perceber que o potencial da COOPERAÇÃO, do envolvimento do empresariado, do trabalho em grupo e da força do 3º setor.
Discutir a finco o papel de cada um é primordial para qualquer Município que se diz turístico. Traduzir este papel no regimento interno e em Projeto de Lei, são condicionantes para que um processo de desenvolvimento turístico seja sustentável. Esta discussão deve ser constante, pois a todo momento surgem novos desafios. Nunca se esqueça, em um ambiente de incerteza e diante de tantos medos, a primeira reação, quase que instintiva, é jogar contra ou simplesmente não tomar partido, o que é bem pior. A ausência deste debate deixa tudo no limbo. E no limbo, o máximo que você irá conseguir é um belo tombo. Pense nisso.
Para mais detalhes, dúvidas ou esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo ou escreva para emielke@kau.edu.sa
Obrigado pela confiança.
Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho é ajudar você que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são para auxiliar/orientar também, aqueles Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.
Palestras, Workshops e treinamentos? Escreva para emielke@kau.edu.sa
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