TEXTO 173: ESPERO QUE VOCÊ NÃO CONVIVA EM UM AMBIENTE ASSIM. Série Política de Turismo, por Eduardo Mielke.

Secretários vacilantes, temerosos pela vaidade, teimosos e com pensamentos “ervilhanos”. Displicentes ao Cooperar para Competir, medíocres de vontade e de orçamento, e poucos, muito poucos empreendedores. Hoje não vou passar a mão na cabeça daqueles que constroem castelos de areia, que passeiam e cultuam, por vezes, a total irresponsabilidade da qual depende o sucesso de milhares de micro e pequenos negócios (e empregos) locais. É um desserviço que espelha e contribui com o retrato do desprestígio do setor perante o trade e a sociedade como um todo. 

Ah! Se esta é a sua primeira vez, seja bem-vindo!!! O objetivo aqui é te ajudar a colocar sua Cidade no Mapa do Mercado Turístico e de Eventos. Se gostou, compartilhe e curta!! Muito obrigado pela confiança.E o mais importante, se copiou algum trecho ou fez referência, cite a fonte. Seja ético .

Toda vez que chego em um Município para iniciar um trabalho, ou para preparar um Workshop meu radar já dispara na direção do Secretário/Diretor de Turismo. Na primeira análise não me preocupo muito se o que ele ou ela faz, ou deixa de fazer é correto. Mas sim, o porquê daquela pessoa ali estar! Isto porque, por mais que o investimento privado exista, ele só se concretiza quando temos um setor público competente. Ponto. Isto é um fato. Por certo, tem muita gente boa e disposta. Sem dúvida alguma.  Mas, é também impressionante o que tenho encontrado por aí. E olhe que neste último ano, entre agosto de 21 ao dia de hoje, foram mais de 70 Municípios atendidos pelo Blog www.politicadeturismo.blog . E no texto de hoje, separei aqui alguns tópicos para reflexão de vocês.

Ser ou não turismólogo, “o frente”.

Estar a frente de uma Secretaria/Diretoria requer ter um perfil gestor. Ponto. O exercício de uma boa liderança, a valorização das equipes técnicas e a busca por ter uma visão clara do setor como um todo, independem de ter formação na área ou não. E cá pra nós, né? Debruçar-se somente sobre esta “reserva de mercado”, esquecendo-se de que na ponta é o resultado o que importa, é de uma arrogância diretamente proporcional a não garantia de uma secretaria dinâmica e que traz entregas mensuráveis: Melhora quantitativa e (sobretudo) qualitativa dos turistas/eventos/negócios/investimentos que chegam a cidade. Ponto.

Agenda de trabalho I.

Os cursos de turismo pouco ou quase nada ensinam sobre o planejamento turístico voltado ao mercado e a geração de negócios. Muito menos sobre a real importância do poder público no processo de desenvolvimento, e menos ainda sobre o seu funcionamento. Fora isso, as teorias de rede, o associativismo e o cooperativismo, seriam conteúdos que veríamos com mais frequência. (Aliás, a defesa desta minha linha de pensamento sempre me trouxe o sentimento de estar como um peixe fora d’água). 

Ao invés disso, eles trazem abordagens mega-blaster holísticas e se esquecem veementemente que as soluções são, por essência, econômicas. Turismo é negócio. Ponto. Isto é um fato. E por esta razão propagam métodos “insetos em volta da lâmpada” que não funcionam em um ambiente empreendedor. É o mais do mesmo, mesmo! Por consequência direta, puxam o bonde daquelas ações táticas-operacionais do mundo do “nunda”, desembocando quase que exclusivamente na excessiva trilogia do horror do forlderzinho do eventinho e do roteirinho. Tudo bem “inho”. E passam a ser reféns-entorpecidos de demandas pontuais “apaga incêndio”, como genuínos gincaneiros. 

Agenda de trabalho II.

Muitos secretários gastam uma absurda e imensa energia do tipo bipolar. Numa ponta, no âmbito regional, atendem às super carimbadas agendas nacionais que não levam a resultados efetivos, ao mesmo tempo que não dão a mínima ao que funciona (ao exemplo dos consórcios intermunicipais). E na outra ponta, no âmbito municipal, (o que é MUITO pior), ficam à deriva acerca do que realmente importa: O FORTALECIMENTO DO TURISMO NO SEU PRÓPRIO MUNICÍPIO. Processo este que se dá quase que exclusivamente através: a) do monitoramento do ambiente de negócios, b) do acolhimento e engajamento do empresariado, c) do fortalecimento do COMTUR, d) da modernização das respectivas legislações, e) da captação de recursos para projetos estruturais e estruturantes, e, f) da articulação com o próprio governo municipal, sobretudo com o plano diretor (urbanístico e não turístico). 

Dito isso.

Se você que é empresário e me lê, Atenção!! Se você identificou este cenário, saiba que você vive em um ambiente muito hostil. Secretários/Diretores assim, estão muito distantes de serem assertivos. O tempo vai passar e o turismo não irá avançar.  Reveja o seu esforço. E se você é Secretário e me lê, espero do fundo do meu coração e pelo bem dos empresários no seu município, que você não faça parte deste triste perfil. Não deixe que sejam construindos castelos de areia. Amém!

Espero que a leitura desdes textos te ajudem a olhar para o que interessa e o que dá resultado. Pense nisso. Para mais detalhes, dúvidas ou esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo ou escreva para eduardomielke2@gmail.com

Obrigado pela confiança e até o próximo texto. Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho  é ajudar você, que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são também para orientar Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. Turismo é negócio. Turismo é no município. O resto é conversa fiada.

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